As amigas Daniela Ferazzini e Patricia Meneguetti são da turma da carona |
Texto: Diego Rafael
Edição: Márcia Leite
Foto: Diego Rafael
Com um vasto território, seria natural que a cidade de São Paulo tivesse Metrô por todos os bairros. No entanto, o que podemos apurar é que a velocidade para a liberação e construção das linhas, vai a passos lentos e segue mais devagar do que os quilômetros de congestionamento enfrentados todos os dias pelos paulistanos.
Em São Paulo, as linhas do Metrô, que foram construídas desde 1974, só alcançaram 70,6 km. Em cidades como Xangai, por exemplo, onde as linhas começaram a ser contruídas apenas em 1993, a malha metroviária já soma 410 km - sobre esta comparação, a Secretária dos Transportes alega que o crescimento do transporte não é tão devagar e traz outra: é mais veloz que o de Buenos Aires.
Some-se a isso o barateamento dos carros populares, o que tem contribuído para o aumento do trânsito - hoje a frota paulistana já soma algo em torno de 7 milhões de veículos, contra, apenas, 17 mil vias pavimentadas.
Mas, enquanto o Metrô não se torna uma opção disponível para todos e em todos os cantos, a alternativa de locomoção mais utilizada ainda é o ônibus. Mas a realidade é que a 'super população' nos horários de picos traz muito trazem desconforto para os passageiros. De um lado, os usuários questionam que os valores são muito altos para os padrões, o que inclusive é motivo de onde de protestos como o Movimento Passe Livre, que ganhou destaque este ano e já foi abordado aqui no blog.
De outro, como alternativa para diminuição deste impacto, muitos estão adotando a famosa 'carona' em prol da diminuição do impacto nas ruas e no meio ambiente também, como fazem as alunas das Faculdades Integradas Rio Branco (FRB) Daniela Ferazzini e Patricia Meneguetti. Elas já vão no mesmo carro há um ano para a faculdade e comemoraram. “Além de diminuir o impacto no trânsito, representa também menos estresse e uma economia para o bolso”, afirma Patrícia.
Estudos dizem que se pelo menos metade dos motoristas aceitassem pegar carona, o impacto diminuiriam em pelo menos 2,3 milhões de veículos. Além dos fatores técnicos, a carona acaba beneficiando para uma companhia no percurso, como diz a estudante Daniela. “Eu gosto de dar carona porque, nós vamos conversando e é uma forma de não ir embora sozinha”. Elas que de vez em quando contam com a Presença da professora Renata Carraro nas caronas.
E você já ofereceu ou pediu carona hoje?