Texto: Vinicius Pereira e Felippe Gurgel
Edição 1: Ligia Neiva
Edição 2: Melissa C.
Fotos: Isabelle Vassalo e Fernanda Falcão
A 11ª Semana da Comunicação das Faculdades Integradas Rio Branco recebeu nesta terça-feira, 17 de maio, o jornalista Juca Kfouri para a palestra "O jornalismo e a marcenaria", no auditório da faculdade. Demonstrando simpatia e sem esquecer o futebol, Kfouri parabenizou o Santos pela conquista do Campeonato Paulista e, ao mesmo tempo, provocou seus torcedores, assim como fez com os palmeirenses e são-paulinos presentes, para delírio dos corinthianos.
Após a brincadeira, citou um trecho do livro “A Regra do Jogo”, de Cláudio Abramo, que em sua opinião é um dos maiores jornalistas que o Brasil já teve. "Sou jornalista, mas gosto mesmo é de marcenaria. Gosto de fazer móveis, cadeiras, e minha ética como marceneiro é igual à minha ética como jornalista: não tenho duas.” Seguindo os "ensinamentos" de Abramo, Kfouri disse que a ética do jornalista é como a ética de um carpinteiro, e para exemplificar afirma que você vai confiar em um carpinteiro que entregar o trabalho encomendado conforme combinado, assim como você confiará em um jornalista que tenha responsabilidade e relate os fatos da maneira como ocorreram.
De acordo com o dicionário “Academia Brasileira de Letras”, ética é o estudo dos valores e normas que permeiam a conduta humana dentro da vida prática. Valores como honestidade e respeito fazem parte do significado dessa palavra. O termo caminha ao lado do profissional que se preze, durante toda sua carreira. “Jornalista ético é aquele que ilumina um fato e o relata como ele viu”, disse Kfouri. “Toda notícia colhida assim é feita de maneira ética”, completou. “Nós jornalistas erramos muito. Uma coisa é você errar achando que está acertando, outra é você errar para prejudicar alguém”, falou o palestrante, completando que “a maneira mais simples para corrigir um erro é admitir que errou”.
Há, também, questões óbvias na profissão. Segundo o jornalista, não dá, por exemplo, para ser publicitário e jornalista ao mesmo tempo, pois os conflitos de interesses são claros. “Se você quer ficar rico, é mais fácil ser publicitário e se quer se divertir em uma profissão digna é mais interessante ser jornalista”, explicou. Juca Kfouri afirma que adora e se diverte com o que faz. Mas isso não significa que ele não esteja triste em alguns momentos, pois, em sua opinião, é comum em todas as áreas. Para ele “O jornalismo não é uma profissão como outra qualquer, porque tem uma missão” e “É imperdoável alguém abrir aspas e escrever o que a pessoa não falou".
0 comentários:
Postar um comentário