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Descarga elétrica na região de Campinas chega à 30 mil graus centígrados |
Texto: Jéssica Almassi
Foto: Jacmo Piccolini / Divulgação
Em Fevereiro deste ano, a cidade de São Paulo foi surpreendida por um numero recorde de raios num único dia. Segundo o INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) foram contabilizadas 2.264 descargas elétricas no dia 16, o recorde anterior era de janeiro de 2009, com 2.100 ocorrências.
O Brasil é o país com maior incidência de raios no mundo. Segundo o ELAT (Grupo de Eletricidade Atmosférica) as ocorrências aumentam durante o período chuvoso, de setembro a fevereiro, entre a primavera e o verão. São cerca de 50 milhões de raios por ano.
Ainda segundo estudos do ELAT num período de nove anos, 2000 a 2009, foram registradas 1.321 mortes de pessoas atingidas por raios no país, em média são 132 mortes ao ano. Só na cidade de São Paulo foram registradas 230 mortes no inicio do ano, devido as descargas elétricas.
A região Sudeste é local onde há mais ocorrências neste período (29%), seguido pelo Centro-Oeste (19%), Norte (17%), Nordeste (18%) e Sul (17%). O maior número de casos ocorre na zona rural com 61%, contra 26% na zona urbana, 8% no litoral e 5% em rodovias.
Estados com mais mortes causadas por raios (2000 a 2009), segundo o Elat/Inpe:1º São Paulo, com 230
2º Rio Grande do Sul , com 106
3º Minas Gerais, 99
4º Mato Grosso do Sul , comm 89
5º Goiás, 80
Em decorrência das fortes chuvas e dos raios, a CET (Companhia de Engenharia de Trafego) registrou na primeira semana de fevereiro do ano cerca de 80 arvores derrubadas por dia.
Os altos índices de poluição atmosférica também são um dos fatores que facilitam a ocorrência de raios na cidade de São Paulo. A maioria das mortes de pessoas atingidas por raio é causada por parada cardíaca e respiratória. Uma pessoa atingida por um raio tem chance mínima de sobrevivência, praticamente zero. Portanto, em dias tempestuosos, manter-se em locais fechados é a melhor opção.
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