Em dia de futebol, alunos da Faculdade Rio Branco vivem dilema: assistir a aula ou o jogo?

quinta-feira, 12 de maio de 2011 0 comentários

Alunos torcedores em dia de jogo


Texto de Ana Carolina Rinaldi, Amanda Ceretti e André Luiz.

Fotos de Isabelle Vassalo

Edição de Ligia Neiva e Camila Teixeira


Quarta feira, dia de futebol, poderia ser comum, mas não é. Quem nunca faltou ou levou um fone de ouvido à aula para acompanhar o jogo? “Só de saber que a partida está rolando, dá vontade de cabular”. Essa frase, muito comum entre os alunos, é

do estudante de Direito, Felipe Paccico.

O palmeirense já passou por várias experiências que o deixaram em dúvida ao ter que escolher entre as duas opções. Ele admite já ter se prejudicado em provas e conta que uma vez acabou se descontrolando e gritando “pênalti” no momento em que o professor explicava a matéria.

Já a torcedora do São Paulo, Gabriele Allana, estudante de Jornalismo, apesar de gostar muito de futebol nunca deixou suas notas caírem por causa da paixão pelo time. Segundo ela, a postura da sala é a mesma, porém, os alunos tentam dar um jeito para acompanhar o jogo sem que isso atrapalhe o andamento do curso. “Professora, pelo amor de Deus, não passe trabalho hoje porque é dia de jogo”, imploram os estudantes.

Mas o controle da aluna não é característica de todos. Um exemplo é o corintiano Leonardo Vilar, estudante de Tecnologia da Informação. “Eu nunca venho de quarta-feira, estou sempre no estádio. Por conta disso já sofri várias vezes as consequências, até mesmo peguei DP”. Ele conta que a postura da sala deixa muitos professores irritados. “O pessoal às vezes grita um com o outro quando sai gol”, explica.

Aluno corinthiano nos corredores da faculdade

O professor de Planejamento Visual, Paulo Durão, confirma que o número de alunos às quartas feiras é reduzido. Segundo ele, geralmente os alunos saem mais cedo, e quando não saem ficam conversando sobre a partida. Paulo diz que isso não afeta a sua matéria especificamente, pois as aulas, em sua maioria, são práticas, o que pode ser diferente para as outras matérias.

Apesar do clima de rivalidade entre os torcedores, a Faculdade nunca enfrentou brigas, discussões ou qualquer problema semelhante vindo dos alunos. Um dos seguranças da Instituição, Robson Faustino, afirma que nunca presenciou qualquer início de confusão. Pelo contrário, segundo ele, o clima entre os torcedores é de muita amizade.

Algumas faculdades disponibilizam televisores para seus alunos. Neste caso, a opinião de todos os entrevistados é a mesma, os alunos não saberiam se controlar perante a tentação, e acabariam prejudicados.




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