Marcelo Cardoso falou do momento atual do radiojornalismo brasileiro |
Crédito: Rodrigo de Brum
Fotos: Égon Ferreira
Marcelo Cardoso (mestre em comunicação na contemporaneidade e professor do curso de comunicação da Unisa – Universidade Santo Amaro), também esteve no evento 70 anos do radiojornalismo brasileiro. Marcelo apresentou o capítulo “O rádio informativo em SP – entre jornalismo logocêntrico e focos de resistência.”
A premissa de seu artigo no livro é o fato do jornalismo atual estar em um momento “engessado”. Marcelo fez um panorama desse quadro ressaltando o fato de que o jornalismo atual é pautado na racionalidade e em uma fusão entre a publicidade e os negócios. Como os níveis de audiência são primordiais, o conteúdo está cada vez mais enlatado.
Marcelo exemplifica essa questão dando o exemplo dos telejornais noturnos: “o jornal está muito homogêneo, 80% do conteúdo desses jornais é exatamente o mesmo. Segundo ele, isso é fruto dessa indústria pautada na roda-viva que é a o jornalismo construído em torno da audiência.
É necessário então um estabelecer um novo processo, e formar um radiojornalismo mais presencial, ou seja, sentir o fato. Marcelo explica: “é preciso trazer de volta a humanização para o conteúdo, pois o rádio desperta memórias, fica no inconsciente coletivo”.
Por fim ele discorreu sobre alguns focos de resistência, onde é possível conciliar trabalhos diferentes e audiência. Citou como exemplos a serem seguidos a Rádio CBN e também a Estadão ESPN. Para Marcelo Cardoso essa é a grande busca do rádio atualmente; qualidade na informação de forma que os ouvintes sejam abraçados, e que sejam conduzidos através de vínculos sonoros.